O início da infância é uma fase cheia de descobertas, e cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento. No entanto, em alguns casos, certos sinais podem indicar que algo está fora do esperado — e é justamente nessa fase que os primeiros indícios do Transtorno do Espectro Autista (TEA) costumam aparecer.
O autismo é uma condição que afeta o desenvolvimento da comunicação, da interação social e do comportamento. E quanto mais cedo os sinais forem reconhecidos, mais rapidamente a criança pode receber o acompanhamento necessário, garantindo melhores oportunidades de desenvolvimento e qualidade de vida.
Neste artigo, listamos 10 sinais de alerta do autismo para que pais, mães e cuidadores fiquem atentos desde os primeiros meses de vida.
1. 👀 Pouco ou nenhum contato visual
Um dos primeiros comportamentos que costuma chamar atenção é a falta de contato visual. Bebês costumam olhar nos olhos das pessoas, principalmente da mãe ou do pai. Se a criança evita ou não mantém o olhar por muito tempo, isso pode ser um sinal de alerta.
2. 🗣️ Atraso na fala ou ausência de linguagem verbal
Cada criança começa a falar em momentos diferentes, mas um atraso significativo na fala, como não balbuciar até os 12 meses ou não dizer palavras simples até os 16 meses, pode indicar alguma dificuldade no desenvolvimento da linguagem — um dos marcos mais comuns no autismo.
3. 🙋♂️ Falta de gestos sociais
Crianças costumam aprender a se comunicar também por gestos: apontar, acenar, bater palmas. Se a criança não utiliza esses movimentos até por volta dos 12 meses, isso pode indicar uma limitação nas habilidades de interação.
4. 🔇 Não responde ao ser chamada pelo nome
É comum que bebês e crianças pequenas olhem ou reajam ao ouvirem o próprio nome. Se isso não acontece com frequência ou nunca ocorre, vale a pena investigar.
5. 🧸 Preferência por brincar sozinha
Muitas crianças com autismo demonstram interesse limitado pelas outras pessoas e preferem brincar sozinhas, mesmo quando há outras crianças por perto. Além disso, podem não se interessar por brincadeiras simbólicas ou de faz de conta.
6. ♻️ Comportamentos repetitivos
Um sinal bem característico do TEA é a presença de movimentos repetitivos, como balançar o corpo, bater as mãos, girar objetos ou andar em círculos. Esses comportamentos podem ser uma forma da criança lidar com o excesso de estímulos ou com situações de ansiedade.
7. 🚫 Dificuldade em lidar com mudanças
A maioria das crianças gosta de rotina, mas no autismo essa preferência costuma ser muito mais intensa. Qualquer mudança de ambiente, de horário ou de atividade pode causar angústia, irritação ou crises de choro.
8. 🔊 Reações sensoriais exageradas
Crianças com autismo frequentemente apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade a sons, luzes, cheiros ou texturas. Algumas podem tampar os ouvidos diante de ruídos comuns, enquanto outras podem ignorar sons altos.
9. 💬 Ecolalia ou repetição de palavras
Alguns pequenos com TEA repetem constantemente palavras ou frases que ouviram, sem usar essas palavras com um sentido funcional na conversa. Esse padrão de repetição se chama ecolalia e pode ser um dos primeiros sinais a surgir.
10. 📉 Perda de habilidades já adquiridas
Em alguns casos, a criança apresenta um desenvolvimento aparentemente típico e, de repente, para de falar, de interagir ou de realizar atividades que já fazia antes. Essa regressão é um sinal que precisa ser avaliado com atenção.
🔍 Quando buscar ajuda?
Se a criança apresentar dois ou mais sinais desses de forma consistente, o ideal é conversar com um pediatra ou neuropediatra. Eles poderão encaminhar para uma avaliação mais detalhada com profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
Vale lembrar que o diagnóstico de autismo é clínico, ou seja, é feito com base no comportamento da criança e nas informações dos cuidadores. Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será o planejamento das intervenções.
💡 A importância do olhar atento e do acolhimento
Estar atento aos sinais não significa rotular a criança. Significa oferecer a ela as melhores oportunidades para se desenvolver com apoio, empatia e respeito. O TEA não é uma doença e, portanto, não tem cura — mas com estímulo adequado, a criança pode alcançar uma vida plena, feliz e com autonomia.
A aceitação e o acolhimento começam dentro de casa. Por isso, se você notar algo diferente, não hesite em buscar informações, trocar experiências com outras famílias e procurar profissionais que possam orientar sua jornada.Saiba mais
Você suspeita que seu filho possa estar apresentando sinais de autismo? Converse com um profissional de saúde de confiança e não adie essa conversa. A intervenção precoce pode transformar a vida da criança e da família.
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