Receber o diagnóstico de autismo de um filho é um momento que costuma vir acompanhado de dúvidas, inseguranças e até medo. É natural. Afinal, cada pai e mãe deseja o melhor para seu filho e, diante de algo novo como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), é comum se perguntar: “E agora, o que eu faço?”
Antes de tudo, respire. Você não está sozinho. E acredite: com informação, acolhimento e apoio, é possível oferecer à criança uma vida com qualidade, autonomia e felicidade. Neste artigo, vamos te guiar pelos primeiros passos importantes após o diagnóstico, de forma leve, prática e acolhedora.

1. Entenda o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O TEA é uma condição neurológica e do desenvolvimento que afeta a forma como a pessoa se comunica, interage socialmente, processa informações e percebe o mundo.
É chamado de “espectro” porque existe uma grande variação entre os casos. Algumas crianças têm dificuldades mais sutis, outras precisam de apoio mais intenso no dia a dia. Mas todas podem aprender, evoluir e se desenvolver com os estímulos certos.
Autismo não é uma doença. Portanto, não tem cura, mas tem muitos caminhos possíveis de desenvolvimento, apoio e evolução.
2. Busque informação de fontes confiáveis
Um dos primeiros passos após o diagnóstico é buscar conhecimento sobre o autismo, mas com cuidado. Nem tudo que se encontra na internet é verdadeiro, e informações erradas podem causar ainda mais angústia.
Prefira:
- Sites de instituições reconhecidas (como APAE, AMA, Instituto Neurodiverso);
- Blogs especializados e acolhedores, como o Vozes do Autismo;
- Profissionais da saúde e da educação com experiência em TEA;
- Grupos de apoio moderados por especialistas ou familiares com vivência real. SAIBA MAIS
Quanto mais você compreende o autismo, mais preparado estará para defender e apoiar seu filho com segurança.
3. Organize o acompanhamento profissional
O diagnóstico é apenas o ponto de partida. Agora, o ideal é montar uma rede de apoio multidisciplinar, com profissionais que vão ajudar no desenvolvimento das habilidades do seu filho.
Entre os profissionais mais comuns estão:
- Terapeuta Ocupacional (TO) – trabalha coordenação motora, autonomia e integração sensorial;
- Fonoaudiólogo(a) – estimula a comunicação, linguagem e funções orofaciais;
- Psicólogo(a) – ajuda no comportamento, emoções e interação social;
- Pedagogo(a) ou psicopedagogo(a) – foca na aprendizagem e adaptação escolar;
- Neuropediatra ou psiquiatra infantil – faz acompanhamento clínico e orienta intervenções.
Não é necessário começar tudo ao mesmo tempo. O importante é dar o primeiro passo e ir construindo, aos poucos, uma rotina de estímulos consistentes.
4. Cuide das emoções da família
O diagnóstico de autismo não afeta só a criança, mas toda a dinâmica familiar. Pais, irmãos, avós… todos passam por um período de adaptação emocional. É normal sentir medo, frustração ou até culpa — mas saiba: nenhum desses sentimentos precisa ser enfrentado sozinho.
O apoio emocional é essencial. Você pode:
- Procurar grupos de pais e mães de crianças autistas;
- Buscar terapia familiar ou individual para trabalhar emoções;
- Compartilhar com pessoas de confiança;
- Permitir-se viver esse processo com paciência.
Você também precisa de cuidado e acolhimento.
5. Acredite no potencial do seu filho
Cada criança no espectro tem suas próprias habilidades, interesses e formas de se expressar. Muitas vezes, essas capacidades estão escondidas por trás das dificuldades. Mas, com tempo, estímulo e apoio, elas aparecem.
Evite comparações com outras crianças. Respeite o tempo e o jeito único do seu filho. Celebre cada conquista, mesmo as pequenas — elas são enormes dentro do processo do desenvolvimento no TEA.
O mais importante é que ele saiba que é amado, aceito e valorizado exatamente como é.
6. Adapte a rotina com acolhimento e previsibilidade
Crianças autistas geralmente se sentem mais seguras com rotinas estruturadas e previsíveis. Você pode ajudar oferecendo:
- Quadros de rotina visual com desenhos ou fotos;
- Avisos com antecedência sobre mudanças no dia;
- Transições suaves entre atividades;
- Um ambiente calmo e organizado.
Essas adaptações simples fazem uma grande diferença para que seu filho se sinta mais seguro, compreendido e preparado para o dia a dia.
7. Trabalhe a parceria com a escola
Se a criança estiver em idade escolar, é fundamental que haja diálogo com a equipe pedagógica. Converse com os professores, leve os laudos, explique as necessidades específicas e proponha adaptações.
Alguns direitos garantidos por lei:
- Acesso a professor de apoio ou acompanhante especializado (se necessário);
- Currículo adaptado conforme as habilidades;
- Inclusão com respeito, sem segregação ou exclusão;
- Participação em todas as atividades escolares.
A escola tem um papel crucial na inclusão. Você tem o direito de exigir que ela seja parceira nesse processo.
8. Entenda que o caminho é único, mas possível
Não existe um “manual” para criar um filho autista — mas existe caminho, afeto e possibilidades. O processo não será sempre fácil, mas também será cheio de descobertas, aprendizados e momentos de superação.
Confie no amor que você sente pelo seu filho. Ele será sua maior bússola.

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Conclusão
Descobrir que seu filho tem autismo pode parecer assustador no início. Mas com o tempo, você vai perceber que o autismo não define quem ele é, apenas faz parte de quem ele se torna.